sábado, 19 de fevereiro de 2011

Os “Landmarks” do Martinismo




Os “Landmarks” do Martinismo

Traduzido por Buscador +
Revisado por AEC

O propósito deste artigo é examinar os “Landmarks” do Martinismo, os elementos particulares do Martinismo com os quais todos os Martinistas, individualmente, e todas as Ordens Martinistas, coletivamente, podem estar de acordo. Na Franco-Maçonaria, os “Landmarks” são aqueles conceitos que definem a Maçonaria, e qualquer outra coisa que não seja Maçônica. Um “Landmark” é então uma característica que define quem nós somos, e que nos ajuda a definir os caminhos, e as maneiras, embora falemos línguas diferentes, ou usemos vestes diferentes, mesmo assim somos membros de uma mesma família; como ninguém evidentemente pode em nossa restrita família ver semelhanças ?

Um grande compromisso tem sido firmado exatamente nesses itens que nos separam. Não somos filhos de UM mesmo Pai? Não somos Irmãos e Irmãs de UMA mesma família Iniciática?

    1) Crer em Deus, e invocar Yeheshua. O Martinismo é uma Ordem essencialmente Cristã, e Yeheshua é invocado em todo encontro e mencionado em todo documento Martinista. A crença na Deidade é uma característica de todos os corpos Iniciáticos. Sem ela não temos razão de ser e nossos juramentos são sem significados. Nós somos cristãos, não numa maneira limitada nem dogmática, mas como verdadeiramente reverenciando Yeheshua como o mistério da encarnação do Logos no mundo físico. Neste sentido, os eventos do drama Cristão estão em progresso, é desta participação Divina na existência, que vem a tona todos os milagres que ocorrem em resposta as nossas orações e rituais teúrgicos. Todos os martinistas estão, ou deveriam estar de acordo com este “Landmark”.
    2) A Iniciação transmitida por Saint Martin, S.I. Alternativamente nós podemos considerar que esta Iniciação, se origina tanto em Pasqually como em Saint Martin. É este o legado que nos torna Martinistas. Nós consideramos como a transmissão de uma Essência Espirital que nos une numa grande família Iniciática. Pode haver diferentes caminhos que temos conhecimento até o momento, como a diferença entre a Tradição Russa, a Tradição que vem de Papus e a Tradição que vem de Chaboseau, mas são afiliações que em todo o caso, ascende a Saint Martin. Concordando com a teoria de nosso estimado Irmão Robert Amadou, é então uma questão de afiliação de Desejo, de uma afiliação espiritual que era, aos pedaços formalizada ritualisticamente sob a influencia de diversas personalidades.
    3) A organização por Papus, de uma estrutura consistindo de 2 Graus preparatórios e 1 Grau posterior que é o S.I.. Todas as Ordens Martinistas trabalham com a mesma estrutura, embora possa haver variações nos nomes desses Graus. Eles utilizam mais freqüentemente: 1º Grau – “Associado”, 2º Grau – “Iniciado” e o 3º Grau – “Superior Incógnito” ou “Servidor Incógnito”.
    4) Transmissão da Iniciação de pessoa à pessoa, EM PESSOA, por um Iniciador autorizado, qualquer que seja seu título. A Iniciação é um presente dado por um Iniciador ao seu iniciando ou a sua inicianda, e é uma marca da mais profunda confidência entre os dois. Não pode ser transmitida pelo correio, ou por telefone ou qualquer outra maneira que não seja pessoalmente e na presença dos símbolos essenciais do Martinismo. O Iniciador pode ser conhecido por diversas formas e títulos deferentes: Iniciador, Iniciador Livre, Filósofo Desconhecido, etc. Em todos os casos significam a mesma coisa, uma vez dada a autoridade por outro Iniciador, assim podendo conferir a Iniciação. Para cada Grau, cada Iniciador é livre e autônomo. É basicamente deixada a discrição ao Iniciador para conferir a Iniciação. O desejo é o requisito para dar intelectualidade e a caridade espiritual para o Homem de Desejo, que deve estar equilibrado pela consciência da responsabilidade envolvida. Um Iniciador nunca deve conferir a Iniciação a aqueles meramente curiosos, nem aqueles que procuram na Iniciação a satisfação de seus próprios egos, ou ainda não conferir a aqueles que a procuram com fins lucrativos e mercenários. Não deixar nas mãos destes, nossa Tradição. Enquanto que cada Iniciador deve se esforçar para preservar a herança que lhe foi conferida, e passá-la intacta a posterioridade, deve ainda ter a certeza de que a Tradição não seja depreciada nem conferida por aqueles que não tem sido perfeitamente preparado e educado, e nem para aqueles que não tem certeza que manterão a Tradição pura, nem a dissolvendo, nem a barganhando por mera comodidade.
    5) Os Mestres do Passado. Estes são aqueles que tem criado, contribuído, e definido nossa Tradição, são aqueles que transmitiram a afiliação a nós. Alguns deles, todos nós conhecemos: Papus, Sédir, Phaneg, Mestre Philippe. Outros Mestres são conhecidos somente por aqueles que pertencem a uma ou outra linha de afiliação. Há alguns que tem trabalhado tão completamente “por detrás da máscara”, que são conhecidos somente por santos e grandes almas. Nós invocamos sua presença em cada encontro e pedimos por sua orientação e sua proteção. 6) A liberdade essencial para o Iniciado buscar seu próprio caminho rumo a reintegração.A Ordem Martinista teve desde os dias primordiais, um programa de instrução e certos símbolos fundamentais. À parte destes, cada Iniciador ou grupo de dirigentes, foram livres para instruir de acordo com sua própria compreensão, e a compreensão e interesse do grupo. Deste modo, o Martinismo é mais um local de encontro, que propriamente um currículo rígido, e isto é como deveria ser, pois o caminho da reintegração é pessoal. Assim, alguns trabalharão com uma Ordem, outros com outra e alguns trabalharão sozinhos como Martinistas Livres. Sempre tem sido assim.
    7) Crer no processo de reintegração para sair da Floresta dos Erros. A Ordem Martinista desde seus antecedentes primordiais na Doutrina de Pasqually, sempre sustentou que o homem está caído, perdido em sua própria privação, sem conhecimento dos privilégios de seu estado primordial. A função das escolas de Pasqually e Saint Martin tem sido relembrar ao homem as suas glorias, a sua origem sobrenatural, e indicar o caminho de retorno. Alguns irão preferir seguir um caminho Operativo, e outros o caminho do Coração; mas qualquer que seja o caminho escolhido, a jornada deve ser empreendida e completada.
    8) O Uso do Manto Simbólico, da Máscara e do Cordão. Realmente não importa se o manto é preto, branco ou vermelho; ou se o cordão do S.I. é branco, vermelho, ou amarelo; ou se há 3 nós, 5 nós ou nenhum deles. Todos os Martinistas fazem uso desses três símbolos profundos, e os significados das entrelinhas de todos eles, na verdade são o mesmo. 9) O Uso dos três tecidos, preto, vermelho e branco. Assim como o manto, a máscara e o cordão, essas cores são de uso universal e seu respectivo simbolismo está explicado em toda parte da mesma forma.
    10) O Uso do Trígono de Luminárias. No alto de um altar Martinista, existem 3 velas brancas, dispostas em forma triangular. Em algumas Lojas estas são usadas somente em 2 Graus, em outras em todos os 3 Graus, mas apagada em um. O simbolismo é sempre o mesmo e pode ser aceito por todos os Martinistas.
    11) O Uso do pantáculo Martinista. Em algumas Ordens Martinistas, o pantáculo está localizado no chão ao leste, em outras está acima da cadeira do Iniciador e em outras Ordens Martinistas, o pantáculo se encontra em ambos os lugares. Está em todos os documentos Martinistas e constitui um símbolo Martinista universal.
    12) O local dos Mestres do passado. Em todo Templo Martinista, qualquer que seja seu nome, há um lugar, ou uma cadeira, ou uma mesa, ou um altar com uma vela representando os Mestres do passado de nossa Ordem, da nossa família Iniciática. Pode ser mais decorado, mas a vela sempre está presente, e ilumina todas as cerimônias para representar nossa invocação aos Mestres do passado, para representar a presença deles em nossas assembléias, e para representar nossa aspiração para se juntar a eles.