sábado, 26 de março de 2011

A CONDUTA MARTINISTA




A CONDUTA MARTINISTA




A vida em comum exige sacrifícios:
Sacrifício pela compreensão, que às vezes não estamos dispostos a dar;
Sacrifício pela percepção do que as pessoas possam pensar sobre um determinado assunto, a fim de nos cuidarmos para não ofendê-Ias (ninguém gosta de ser ofendido);
Sacrifício pelo respeito que deve mos ter para com os outros, situação que muitas vezes não queremos considerar.

Esses sacrifícios podem vir num acumular constante em nosso ego. Chegará um ponto em que irá explodir, já que nossas fraquezas são tantas, e a nossa capacidade de esforço para suportar tanta pressão é muito limitada.

Para nós, Martinistas , isso não serve de justificativa. Não deve ser a maneira correta de pensar, nem devemos concordar com essa explosão. E isso por uma razão muito simples: nós praticamos a tolerância; temos uma capacidade maior de suportar qualquer pressão. A tolerância não significa que sejamos coniventes com situações discordantes. Pelo contrário. Mas as colocações devem ser feitas dentro de um espírito respeitoso, educado, entendendo que as pessoas são como são. Elas têm também o seu modo de pensar, que acham ser o mais correto.

Nós não temos o direito de menospreza-Ias, por não concordarmos com o seu ponto de vista. Acima e antes de qualquer explosão, devemos manter o equilíbrio. Em qualquer situação e local. Seja em Loja ou fora dela. Mas em especial alí dentro, onde estamos para somar e não para dividir. Para tanto somos irmãos e vivemos em fraternidade.


Não é porque "Yeschouá ( Jesus Cristo) expulsou os vendilhões do templo" (Mt 21-12), que também nos é dado o direito de explodir; que nos é dado o direito de ofender ou tratar grosseiramente o nosso Irmãos Lembremos que O Retificador expulsou e foi grosseiro com os vendilhões do templo. Ele não expulsou os seus seguidores, no caso, os apóstolos, mas sim os vendilhões. E se fizermos uma análise daquele tempo, de como agiam Yeschouá e seus discípulos, do seu pequeno e restrito número de "obreiros ", das ações praticadas, e das reuniões que faziam, podemos chegar a dizer que eles formavam uma fraternidade. 

E dizemos isto, mesmo sabendo como a história terminou. Entre eles havia um traidor (comum e conhecido de todos nós); seus seguidores negaram até uma simples amizade que poderia existir entre eles, quando um dos "obreiros ", o Redentor, mais necessitava; e esse "obreiro" , participante ativo e um líder dentro dessa provável fraternidade , acabou sendo crucificado sem que qualquer um dos outros fizesse alguma coisa para impedir.
Esses fatos podem suscitar alguns questionamentos: "que tipo de irmãos eram esses?"; "que ambiente fraterno era esse?"; "onde estava o espírito de irmandade no momento em que um deles passava os piores momentos da vida?".

Pois é. O que prevaleceu em toda essa história, foi a fraqueza humana. E nós, do alto da sabedoria em que nos colocamos muitas vezes queremos ignorar essa fraqueza. Se entre eles houve o que houve, imaginem entre nós.
Mas nós somos assim. Cheios de imperfeições. E achamos que estamos certos. Quando teremos a humildade de aprender isso?

Freqüentemente fazemos as nossas orações que são alias um dever martinista. Entre elas, a mais comum, independente de credo religioso ou de idioma: o "Pai Nosso".

Num certo trecho diz: "... venha a nós o vosso Reino" (Mt 6-10). Será que nos comportamos e agimos condignamente para receber esse Reino? Lembrem-se que nos referimos ao Reino de Deus. Entre os martinistas, homens iniciados, isso pode ser mais fácil. Quando reunidos em Loja ou em nossa fraternidade ou Septem, podemos dizer que estamos num patamar superior ao que ocorre no mundo profano.

Fechados dentro do Templo nos elevamos a um nível mais sublime, mais profundo. De maior contemplação, que oferece condições de meditação o tempo todo. Isso porque somos iniciados. E poucos o são. É um privilégio de alguns terem um ambiente tão propício para receber o Reino do Criador.


Mas, mesmo assim, apresentamos dificuldades em assimilar e conhecer verdades tão marcantes na vida do homem e tão comum no Reino do Criador. Às vezes esquecemos a diferença entre humildade e orgulho. Esquecemos que deve prevalecer o altruísmo sobre o egoísmo. Colocamos as nossas vaidades acima de tudo. Achamos que deve prevalecer as nossas vontades pessoais em detrimento do que pensa a maioria. Achamos que só nós sabemos distinguir o certo do errado. O que é bom, do que é mau.

Faz-se necessário que tenhamos equilíbrio em nossas ações. Que respeitemos as opiniões alheias.
É fundamental andarmos de mãos dadas, todos nós martinistas. É fundamental entendermos que as diferenças existentes entre nossas organizações , Ordens , Fraternidades e Grupos Independentes, para que estas diferenças não possam ser consideradas tão grandes a ponto de nos diluir. De nos reduzir a nada. De nos reduzir a pó, como alias é o objetivo dos destruidores da Luz. Dos difamadores, dos críticos infundados e dos profanadores.

Colaboração: Irmão FDDC

domingo, 20 de março de 2011

A PRECE - PAPUS




A Prece
Papus

A prece tem por fim a fusão momentânea do Eu e do Inconsciente Superior, o Não-Eu pela ação do sentimento idealizado sobre a vontade magicamente desenvolvida. A prece é uma cerimônia mágica de primeira ordem, fundamento de toda prática. A Prece é um ato voluntário e cerebral e não consiste unicamente no movimento dos lábios, conforme determinadas palavras sempre iguais, hábito que pode tornar a prece um simples ato reflexo quando deve ser plenamente consciente. A palavra é apenas uma roupa com que o iniciado reveste ou expressa suas idealizações; recomendamos a prece meditada, comentada em termos diferentes a cada vez. A prática da prece é mais eficiente quando obedece a um ritual que serve para promover a concentração da mente no objeto da oração. Entre todos os rituais de prece, aqui está o que preferimos:

O praticante deve manter-se em jejum de sólidos ao menos três horas antes do ritual. Começará com uma meditação de cinco minutos, precedida de três inspirações lentas e profundas. Recomenda-se, além do ambiente de tranqüilidade inviolável, que o Iniciado envolva-se em uma manta larga abrigando todo o corpo até a cabeça. Pode usar um bastão de incenso. Depois do exercício regulador do ritmo respiratório (a respiração lenta e profunda), pode-se começar a oração propriamente dita.

Invocar-se-á primeiro os mestres do invisível que constituem a cadeia mágica (respeitando-se cada religião, pode ser Buda ou Jesus Cristo e Nossa Senhora etc.), depois os seres psíquicos que presidem a evolução da humanidade (Anjos, Devas) e, progressivamente, eleva-se o pensamento até o Centro Superior, o Criador de todas as coisas ou Deus.

Os efeitos produzidos pela oração mágica são consideráveis. No plano astral, as formas elementares são imantadas pela ação do Verbo humano. Para a alma do operador, funciona como um bálsamo calmante e podem surgir sentimentos de piedade, compaixão pela humanidade, pelos próprios inimigos, ou emoções pela percepção dos próprios erros ou de bençãos recebidas. Visões também podem ocorrer. Porém, mesmo que as emoções sejam fortes, é preciso dominá-las e evitar o pranto desenfreado. Para os católicos, o Rosário Meditado de Santo Inácio de Loyola é um guia de valor.

A prece é a guarda soberana contra todos os malefícios. Se tens inimigos capazes de utilizarem forças astrais, é preciso orar por eles e pedir ao céu que os ilumine e os reconduza ao caminho do bem. Se não são conhecidos os autores dos malefícios, é preciso, ainda assim, pedir para eles a proteção invisível, em vez de os oprimir com ódio e maldições, processo de feiticeiros vulgares e mal sucedidos.

O salmo 31 é de uma eficácia extraordinária contra todas as ações astrais. Em uma luta contra uma ação astral, é necessário evitar dizer mal dos ausentes e procurar, tanto quanto possível, afastar de si pensamentos e palavras maledicentes.A prática da caridade é indispensável, o tipo de caridade que faz alguém adiarseus próprios interesses para socorrer alguém que sofre com verdadeira urgência de auxílio. O fato é que, forças astrais, sem exceção, se prosternam diante do nome de Cristo, mesmo quando este nome é pronunciado por um pecador ou espírito mau. Invocar o auxílio do Cristo dissipa as más forças como o sol dissipa nuvens ligeiras. Recorra-se portanto à prece pois nada pode resistir à sua ação.

A EGRÉGORA




A EGRÉGORA

Pelo Irmão Monte Cristo - um Servidor Incógnito




A utilização do Termo Egrégora pode gerar aos pesquisadores diferentes compreensões, mas afinal o que exatamente significa Egrégora?


Algumas definições são bastante enfáticas: "Palavra que se tornou popular entre os espiritualistas, significa a aura de um local onde há reuniões de grupo, e também a aura de um grupo de trabalho"

Outras definições são mais exóticas: "Egrégoras são entidades autônomas, semelhantes a uma classe de "devas" que se formam pela persistência e a intensidade das correntes mentais realizadas nos centros verdadeiramente espiritualistas; pois nos falsos tais criações psicomentais se transformam em autênticos monstros, que passam a perseguir seus próprios criadores, bem como os freqüentadores desses centros".

Finalmente temos uma definição um pouco mais clássica: "Egrégora provém do grego egrégoroi e designa a força gerada pelo somatório de energias físicas, emocionais e mentais de duas ou mais pessoas, quando se reúnem com qualquer finalidade, A egrégora acumula a energia de várias freqüências Assim, quanto mais poderoso for o indivíduo, mais força estará emprestando a egrégora para que ela incorpore às dos demais".

Na média temos que: Egrégora é a somatória de energias mentais, criadas por grupos ou agrupamentos, que se concentram em virtude da força vibratória gerada ser harmônica.
Se considerarmos esta como sendo uma definição mais ou menos válida, podemos tecer algumas conclusões.

Se a Egrégora é a somatória de energias, não há limites para que nível de freqüência seja a sua fonte criadora, assim pode existir em potencialidade Egrégoras com freqüências elevadas e egrégoras com freqüências vibratórias menos elevadas ou se preferirem "negativas". 

A existência de diferentes freqüências reforça a antiga lei da dualidade entre o positivo e o negativo, ou ainda entre o claro e o escuro e o bem e o mal, embora esta ultima definição careça de uma analise mais profunda.

Se for então verdadeiro que a somatória de forças vibratórias ressonantes se somam no Éter é provável que esta força criada seja capaz de prover seus geradores de potencialidades, esta hipótese se confirma pela manifestação material do que pode se chamar de energia construtiva (ou destrutiva) dos diversos grupos religiosos, esotéricos ou metafísicos.

Quer me parecer que o mais correto seria considerarmos a hipótese de que realmente possa existir uma Egrégora positiva construtiva, assim como pode haver uma egrégora negativa ou destruidora, até porque, se existe como conhecemos uma arvore da vida cuja existência representa o caminho da queda e da reintegração em ultima analise, também devemos considerar que para que esta arvore exista e permaneça ereta é necessário raízes ou uma outra arvore imersa na escuridão da terra. Em ultima analise o bem e o mal competem para o equilíbrio das forças. Alias o equilíbrio é o objetivo e não o caminho entre os extremos.

Talvez a pergunta mais enfática seja: qual é exatamente a fonte geradora desta energia potencial que anima e mantém uma Egrégora? Como fisicamente isto ocorre? Como as energias vibram em ressonância?

A resposta talvez esteja na Constância, na geração uniforme e linear da mesma e única energia. Como isto pode acontecer?

Possa aí estar depositada a tradição do ritual e das cerimônias Templárias das diferentes tradições, inclusive a Martinista. Tal qual um gerador ou dínamo, a permanência do eixo girando sempre no mesmo sentido, velocidade e harmonia é garantia da geração da energia elétrica que é o seu resultado.

O trabalho templário regular, constante, harmônico somado aos interesses superiores de seus praticantes é a fonte geradora de um nível vibratório elevado, alimentador constante de uma Egrégora capaz de gerar paz, evolução espiritual e conhecimento aos que dela usufruem.

Esta tese também responde a uma questão importante, diz a tradição Martinista que para trabalhar no caminho do equilíbrio não é permitido a "venda", negociação ou pagamento de graus ou conhecimentos, ou seja, num grupo Martinista o dinheiro não pode e não deve ser uma preocupação, muito menos um objetivo, tais necessidades dentro de um Templo prejudicaria a própria energia potencialmente criadora.

Se os Martinista almejam um dia virem a ser os Soldados de Nosso Senhor, os Guardiões do Vaso Sagrado ou ainda os Sentinelas do Santo Sepulcro, certamente devem primeiro ser os combatentes fervorosos do Bem sobre o mal, das virtudes sobre os vícios, da riqueza espiritual sobre a mediocridade material.

Se isto não é possível em cada segundo de sua vida, uma vez que estamos invariavelmente imersos num mundo globalizado e repleto de necessidades sociais, que o seja pelo menos em espírito, na vontade, em seu Templo.

Sempre e Sempre para a Glória de Yeschouá o Grande Arquiteto do Universo!

sábado, 19 de março de 2011

PRECE DE INVOCAÇÃO AO GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO



PRECE DE INVOCAÇÃO
AO GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO

Quando da Cadeia de União
(Rito Escocês Retificado)


ARQUITO SUPREMO DO UNIVERSO! Fonte única de todo o Bem e de Toda Perfeição. Tu, que sempre quiseste e obraste pelo bem do Homem e de todas as Tuas criaturas! Nós te damos graças pelos teus benefícios paternais e Te conjuramos, todos juntos, a concedê-los sem cessar a cada um de nós, segundo a Tua visão e de acordo com as suas necessidades. Expande sobre todos os nossos irmãos e sobre nós a Tua Luz celestial. Fortifica em nossos corações o amor pelos nossos deveres a fim de que nós os observemos fielmente. Possam as nossas assembléias ser fortalecidas em sua união pelo desejo de Te agradar e de nos tornar úteis aos nossos semelhantes. Que elas sejam para sempre a morada da Paz e da Virtude e que a cadeia de uma amizade perfeita e fraterna seja doravante tão forte entre nós, que NADA POSSA JAMAIS ALTERAR!

Assim Seja!