domingo, 23 de novembro de 2014

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

ELVIS E YOGANANDA: LEAVES OF ELVIS' GARDEN



Leaves of Elvis’ Garden - Por Larry Geller, amigo pessoal e companheiro nas buscas espirituais



ELVIS E YOGANANDA: LEAVES OF ELVIS' GARDEN

Elvis sentia uma forte atração pelos ensinamentos de Paramahansa Yogananda. Ler e discutir os livros que eu levava, já não era o bastante; Elvis queria mais. E então um dia, durante uma pausa para o almoço nas filmagens do filme “Harum Scarum” na MGM, Elvis se aproximou de mim com a formalidade que frequentemente empregava quando era particularmente sério.

“Lawrence, acredito que estou pronto para ser iniciado em Kriya Yoga; você me iniciará ?”

Eu expliquei que ele deveria seguir sucessivos estágios de meditação por um período de tempo estabelecido e estudar uma série de lições da sede da Self Realization Fellowship. Disse que não era algo a ser levado superficialmente, e que aqueles de nós que foram iniciados, prometeram não encorajar qualquer pessoa a tomar atalhos para as exigências.

“Você não quer que eu quebre meus votos sagrados, quer ? “

Um brilho diabólico surgiu nos olhos de Elvis .

"É claro que não!"

Notando o olhar preocupado em meu rosto, ele riu recompondo-se . “ Estou apenas brincando. Bem, meio brincando. Eu realmente gostaria de saber do que se trata Kriya Yoga. Que acha daquela senhora na Self Realization de que você tem me falado; acha que ela poderia me ajudar?”

A Self Realization Fellowship se desenvolveu, após a morte de Yogananda,  sob a direção de Sri Daya Mata, sua discípula e secretária pessoal. Telefonei para Sri Daya Mata e expliquei o profundo interesse de Elvis em Yogananda e seus ensinamentos, e seu desejo de conhece-la pessoalmente e de ser iniciado em Kriya Yoga.

Certa noite, por volta das nove horas, uma semana após o telefonema, nos dirigimos para o Centro Monástico, ashram localizado em Mount Washington, Los Angeles, acompanhados por alguns companheiros de Elvis.

“Ei, Lawrence, é hora desses caras conhecerem mais além de Hollywood e Memphys”, disse Elvis. “ Eu gostaria de ver algo que os impressionasse”

Elvis sentiu imediatamente uma afinidade especial por Daya Mata, que era bela tanto física quanto espiritualmente, com belos cabelos e muito doce, com uma voz quase infantil. E ela, por sua vez, o amava. Como outros no mundo espiritual, ela sentia um sério propósito por trás das dúvidas de Elvis.

Sri Daya Mata convidou a mim e a Elvis para sua sala de estar no terceiro andar. Após um momento de silêncio, ela virou-se para mim com um brilho especial nos olhos e sorriu carinhosamente. “Larry, gostaria de passar algum tempo sozinha com Elvis se você não se importar.”

Desci as escadas e me juntei aos outros. Quando Sri Daya Mata e Elvis retornaram uma hora depois, Elvis estava radiante. Ele segurava em suas mãos dois volumes encadernados contendo lições e suas instruções para o próximo ano como preparação para sua iniciação em Kriya Yoga.

Quando ele saiu,  com o convite para retornar sempre que desejasse, vários monges estavam alinhados na porta para nos saudar. Uma das irmãs da ordem o presenteou com uma cesta de pêssegos orgânicos cultivados na propriedade. Ele estava visivelmente tocado.

“É muito emocionante”, disse Daya Mata suavemente, “ver alguém tão famoso ter tempo e interesse em nos visitar”

Elvis apertou a mão dela. "Essa é a minha primeira visita, irmã, mas não a última”

E não foi. Elvis foi lá frequentemente e após um curto período deixou de chamá-la de Daya e passou a chamá-la de "mãe". Ele passou muitas noites com ela. Como alguém com a capacidade de conhece-lo, ela o amava por sua bondade essencial. Elvis pensava nela como sua mãe espiritual. Ela viu nele uma essência que era mais profundamente espiritual do ele sabia.

Quando estávamos na limosine, Elvis disse, “ Esse são seus livros pessoais das lições. Ela quer que eu leia uma lição por semana. (“until I go through the wholw thing once”.) Eu juro por Deus, nunca me senti tão bem e não sei por quanto tempo me sentirei. Você estava certo; Daya Mata é algo mais - é como uma santa”

Então ele reconheceu que tinha feito um pedido por um atalho para ser iniciado em Kriya Yoga.

“ Eu a amo! Sabe o que ela me disse ? Ela disse ‘ Não me importo se você é Elvis Presley. Não importa quem você é, quanto dinheiro você tem. Você precisa estar preparado, caso contrário, não irá funcionar.  Não apenas não funcionará, como não posso ir contra o que é certo.”

Priscilla  Presley conta um incidente revelador em seu livro “Elvis pelos Presleys”. Um noite, Elvis e Priscilla visitaram Sri Daya Mata atentendo a seu pedido.

“Além de falar em ingressar em um monastério, ele desejava formar uma comunidade. Ele desejava devotar sua vida a ajudar os outros a se auto realizarem através da disciplina devocional. De fato ele desejava ser um líder da Self Realization Fellowship.  E nesse ponto, Daya Mata foi especialmente sábia."

"Esse nível de espiritualidade mais elevado’, ele teria dito, ‘é o que tenho procurado por toda minha vida. Agora que que sei onde está e como alcançar, eu desejo ensinar. Quero ensinar a todos os meus fãs – em todo o mundo."

" Você diz isso agora, e sei que pretende isso’ ( teria dito Daya Mata ). ‘ Mas amanhã você acordará e se lembrará que é umentertainer. É um trabalho maravilhoso. E no seu caso, é duplamente importante por causa da ligação entre você e seus fãs. Mas o trabalho de um entertainer é diferente do trabalho de um professor espiritual. Não é melhor nem pior. Simplesmente diferente. A paz interna que você busca pode ser sua não importa qual seja seu trabalho".

Elvis ouviu. Ele tinha um enorme respeito por aquela mulher. Parte dele entendeu o que ela estava dizendo. Mas parte dele - a parte impaciente – queria outra resposta. Ele queria evolução instantânea. Habituado a ter tudo o que queria, quando ele quis isso foi emocionalmente difícil para ele ver porque isso seria diferente.

Ao mesmo tempo, ele foi capaz de ser inteiramente honesto com Daya Mata. Ela foi, talvez, a única pessoa que entendeu a enormidade dos medos de Elvis. Ela compreendeu pois ele disse a ela. A pressão de se manter sob os holofotes, mantendo sua popularidade e sendo amável com seus fãs – isso sem falar no agente que o ajudou a estabelecer sua fama – “was gut wrenching”.

Através do resto de sua vida, Elvis manteve sua conexão com Daya Mata, frequentemente solicitanto seus conselhos e orientações. Quando seu casamento com Priscilla teve fim em 1972, ele perguntou se poderia vê-la particularmente.

“Não há o que se possa esconder dela, Lawrence, isso é certo”, me disse mais tarde. 

"No minuto que entrei em seu aposento ela sabia exatamente como eu estava. Sentamos juntos por um tempo, sem falar quase nada e então meditamos. Ela sabia que eu estava sofrendo sem dizer uma unica palavra e ela não me julgou ou me fez perguntas; apenas segurou minhas mãos. Foi tão belo, como se estivesse me dando amor e força com seus olhos e seu toque.

É claro que ela não me deixou sair ileso. Ela disse que minha mente e meu espírito ficariam bem, enquanto eu meditasse e aumentasse minha calma, mas ela estava preocupada pois eu estava negligenciando meu corpo. Prometi que trabalharia nisso, mas vamos ser francos, é uma área onde preciso de alguma ajuda muito séria.

Eu gostaria de vê-la de novo, mas sei que ela não pegaria leve comigo por eu não estar fazendo o que ela esperava que eu fizesse.”

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Em tempo: 
Alguns daqueles amigos que acompanharam Elvis Presley desde a sua primeira visita à SRF, tornaram-se kriyabans.

Segundo esta e outras biografias, o agente do Elvis conhecido como "coronel" e que exercia uma influência quase incompreensível sobre o astro, foi quem o forçou a interromper seu aprofundamento espiritual. Isto teria sido um dos motivos pelos quais Elvis passou negligenciar sua saúde e experimentar a depressão.
Leaves of Elvis’ Garden é ilustrado com várias fotos de Sri Daya Mata, da SRF e do Guruji. Inclusive de um monge velhinho (swami Adholp) cuja companhia o Elvis apreciava muito!
Quem ainda não viu o documentário sobre a vida dele, filmado em parte no Lake Shrine, eis o link:
Jai guru Jai Ma!
Mônica

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

OS 1.000 VÉUS DE BAPHOMET - PARTE 2


"Os 1.000 véus de Baphomet" -2
Por Caciano Camilo Compostela, Monge Rosacruz

O Bode de Mêmphis, é o Bode do Egito; simultaneamente é o 'Patriarca da Grécia' e o Hierophante do Ocidente. Isto não significa que ele pode ser encontrado historicamente, tal qual o conhecemos, nestas civilizações, mas que ele é um somatório contínuo de Ens, Símbolos e Conceitos Gnósticos que se aglutinaram ao longo dos séculos até construir-se como relevante 'Livro Oculto' e poderoso Deus Astral.

Em franca oposição ao Alvo (Branco) 'Cordeiro de Deus' ('Agnus Dei' em Latim), o Bode Negro é o perfeito retrato de resistência das forças Lunares (Místicas) ante as forças Solares (Religiosas). Nesta 'luta' entre o Esotérico e o Exotérico inexiste 'certo' ou 'errado', apenas os não Iniciados desprezariam um em favor do outro. Trata-se do entrelaçar do 'Yin & Yang' no coração do Ocidente; ser capaz de ouvir essa Música das Spheras é o primeiro dos 33 deGraus da Escada Iniciática. 

É justamente no signo do Bode que está gravado o nome da Matéria-Prima da Alquimia; é do Chumbo Negro que nasce a Pedra Filosofal. É sob a égide de Saturno, o 'pai dos Deuses' que o Bode assiste o início e o fim do Universo. 

"Solve & Coagula" significa corporificar o espírito espiritualizando o corpo, e espiritualizar o corpo corporificando o espírito.

Visto que nos aprofundaremos pormenorizadamente em seu simbolismo nos próximos números deste artigo, convido o leitor a reconsiderar a figura de Baphomet, no que diz respeito a Magia Prática, como o 'Senhor do Umbral', Guardião do Shekinah e Mestre do 'Gabinete da Reflexão'.

Criar um 'Bode Negro' tal como se cria um animal de estimação, é umas das práticas mais antigas e significativas da Bruxaria Ocidental. Em um dia próprio, Rito específico e Materiais próprios, o Mago realiza um Pacto que pode durar uma ou muitas vidas. Este Ens Astral não é bom nem mal, simplesmente reflete a natureza moral e emocional do seu 'dono'. Com o tempo e prática, a 'Cabra Preta' torna-se uma janela direta com as Spheras Astrais, um amigo do Mago.

Na qualidade de majestoso Deus do mundo astral, é ele quem supervisiona o ingresso dos Iniciados, os acolhe, aconselha e guia.

A grande Cabra Astral é fartamente mencionada nas civilizações semíticas e nas culturas pagãs que o Ocidente, de maneira velada, perpetuou até nossos dias. Quando evoca-se seu nome como um Mantra ou em Orações, faz-se  elevar uma poderosa forma etérica capaz de acelerar a abertura dos Portais Superiores.

Era o Bode o animal sacrificial nas festas do Deus Dionísio, sendo esta uma de suas principais personificações; em seus Ritos, as mulheres dançavam, pulavam, gritavam,riam e choravam exageradamente para 'evocar' o Deus. Dionísio, que em Roma é Baco, transmuta-se em um 'Bode Negro' ao fugir para o 'Egito' por ocasião da invasão de Tiphom ao Monte Olimpo.. 

No Tarot, Baphomet é o Diabo (Pan, Humano & Caprino) e possui pictoricamente suas qualidades básicas; na contramão do pensamento religioso vulgar, ele representa a Energia Sexual. Os aspectos masculinos e femininos entrelaçam-se na Cabra Sabática e criam o Hermafrodita (Hermes + Afrodite). É, como mencionado anteriormente, na base da coluna espinhal e nas genitálias que está enroscada a Serpente do Conhecimento e da Vida Eterna.

O Tifão Baphométco é um ser lunar e lunático; ancora os preparados mas enlouquece os incautos.Traze-lo para a Orbis particular tanto pode abrir Portas quanto Precipícios. Antes de tudo, é indispensável estar senhor de si; nem todos estão prontos para fixar o olhar por muito tempo no XVº Arcano.

(Voltaremos ao Tema)

Fraternalmente,

C.C.C.M.R+C
F.R+C12º S.º.I.º.

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

OS 1.000 VÉUS DE BAPHOMET - PARTE 1


"Os mil véus de Baphomet" 
(Por Caciano Camilo Compostela, Monge Rosacruz)

A palavra BAPHOMET advém do casamento de duas outras palavras de origem Grega, 'Baphe' & 'Metis', e significa " Renascimento, Batismo de Sabedoria". Sua figura é hoje tão amplamente divulgada quanto erroneamente compreendida; entretanto, acima da superficialidade espiritual das crianças de aquário, ele permanece como o Grande Deus do Ocultismo.

Aos olhos da mediocridade, Ele inspira malignidade mas para Iniciados trata-se de uma fonte inesgotável de Saber e Elevação. Ele é a um só tempo o amálgama de todas as Tradições Místicas do Ocidente e um Tratado Oculto de primeira importância. Se todos os Livros das Sombras fossem queimados, a perpetuação desta imagem seria a garantia de sobrevivência d Gnose Universal.

Coube ao Adepto Eliphas Levi a inspiração de cunhar a imagem final que temos hoje, mas em realidade o 'Bode de Mendes' (ou Bode do Egito) é encontrado, no todo ou em parte, como figura central nos Círculos Gnósticos. Cada um dos elementos que o constitui possui um rico significado, são símbolos cuja profundidade parece não ter fim e revelam o Universo no Micro, Meso e Macrocosmo.

Tanto o Bode quanto o Carneiro representam a 'força vital', fertilidade, estando portanto intimamente relacionados a Magia Sexual (Já tive a oportunidade de escrever sobre o assunto). No entanto, enquanto o Carneiro é símbolo da Energia Solar, o Bode corresponde a Energia Lunar. Ambos sinalizam o aspecto 'positivo' e 'negativo' da Tradição. Ao símbolo do 'Carneiro' é dado uma maior relação com a religião, a visão externa, Exotérica; ao símbolo do 'Bode' estão ligadas as associações Ocultistas, internas, Esotéricas.

Estas polaridades cósmicas (A Cabra e o Bode, o Exotérico e o Esotérico), ao longo da história, entraram em continuados conflitos embora representem caminhos irmãos. Enquanto na Igreja medieval Jesus era exaltado como 'o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo', círculos secretos de Bruxas viam na figura do Bode a encarnação dos Antigos Deuses Cornudos da Sabedoria.

Ao analisar pormenorizadamente os arquivos do processo Inquisitorial contra a 'Ordem dos Cavalheiros do Templo', ou Templários, (disponíveis nos arquivos da biblioteca do Vaticano), verificamos que inúmeros relatos desenham a presença de uma 'cabeça barbuda', 'cranio de bode' ou 'bode barbudo' no âmago dos Ritos mais internos. Estas mesmas idéias os Templários carregaram consigo e as reintroduziu em outras organizações que culminaram, em parte, no que conhecemos como Maçonaria.

Aos que já traçaram um Pacto, um Alinhamento Astral com Baphomet, nos campos superiores ele apresenta-se tal qual reconstruído por Levi, no dia a dia manifesta-se como uma 'cabra-preta' que nos 'segue' silenciosamente. É um antigo culto-ritual que condensa a energia de Bapho'Met de forma personifica, um 'animal astral', protetor, guia e amigo; mas isto já é um outro assunto...

No antigo Egito, Baphmet é Osíris, e está sempre ligado as divindades primordiais patriarcais muito embora carregue consigo a fertilidade da Deusa.A mística cabalística desenha a imagem do Macroprosopo (O Grande Arquiteto do Universo) como uma Grande Cabeça Barbada, da qual surge a energia que concede vida e forma ao Kosmos.

(Voltaremos ao assunto)

Fraternalmente,

C.C.C.M.R+C