sábado, 28 de maio de 2016

DARIO VELLOZO E O FIM DE SUA LINHAGEM MARTINISTA

Fonte da imagem clique aqui.

Dario Vellozo e o fim da sua linhagem Martinista

Já falamos anteriormente a respeito de alguns dos diversos ramos e linhagens Martinistas na atualidade. Estudamos as principais diferenças e ligações que cada uma delas têm com as demais, assim como sua forma de trabalho e material de estudo.

Conseguimos assim ter um panorama mesmo que parcial, de um grande cenário dessas ordens, linhagens, Iniciadores para nos situarmos melhor em nossa caminhada. Vimos também exemplos claros de “contra iniciação” propagados na atualidade tantos outros que utilizam nome da Ordem para benefício próprio unicamente, linhagens apenas de fachada e verdadeiras arapucas que tiram o sincero buscador da senda da Iluminação.

Apesar do “estudo das linhagens” não ser um tópico oficial dentro do estudo martinista - por considerarmos irrelevantes as diferentes siglas que cada uma carrega e por haver trabalho mais sério a ser realizado, interna e externamente pelo martinista – com intuito de instruir nossos Irmãos quanto a história do Martinismo, vamos continuar com estudo das linhagens que, dentro de duas ou três reuniões findaremos.

Em especial trataremos hoje da linhagem do primeiro martinista no Brasil, Apolônio de Tyana “Dario Vellozo”, amplamente conhecido de todos nós. 

Sua história e cronologia pode ser lida na história da “Loja Luz Invizível” com maiores detalhes, recomendamos a leitura com reservas do texto clicando no link ao lado: "A Loja Martinista Luz Invizível": 
http://www.hermanubis.com.br/Artigos/BR/junho2012ArevitalizacaodahistoricaLojaMartinistaLuzInvis%EDvel.asp


Fonte da imagem Mube Virtual

O fim da linhagem de Dario Vellozo

Dario Vellozo morreu em 1937 sem deixar outro Iniciador em seu lugar. Seus iniciados em sua maioria eram de Associados, Iniciados e poucos S.I., nenhum entre seus iniciados teria atingido a condição de Iniciador. Assim apesar de ter militado por 37 anos no martinismo, não fez outros Iniciadores e ao morrer, levou consigo encerrando com ele sua linhagem.

Porém muitas famílias citadas no supracitado texto sobre a “Loja Luz Invizível”, guardaram os pertences de seus membros, como cadernos de anotações, cartas, certificados de graus, paramentos e tantas outras relíquias históricas. Os antiquários e sebos ainda vendem tais documentos. Assim não houve sequência de Iniciação após a morte de Dario Vellozo. Hoje o que há apenas, são registros esquecidos na história e de valor unicamente histórico, mais nada. Levantar a bandeira se dizendo detentor dessa linhagem, é um tremendo engano.

Para uma linhagem ser válida, ela precisa ser ininterrupta e a iniciação transmitida na presença física, como exemplo vamos citar a Ordem Martinista dita de “Papus” (a primeira que já estudamos de Gerard Encausse, Papus), em resumo onde após sua morte outro Iniciador tomou a direção da Ordem até esse comando chegar em seu filho Philippe Encausse também iniciado e esse para Emilio Lorenzo atual diretor da Ordem. Essa sequência de transmissão não ocorreu no caso de Dario Vellozo e seus iniciados. 

Lembramos também que alguns anos antes de falecer (1937), Dario já doente recebeu Cedaior e Jehel (Maschevilles) que chegam ao Brasil depois especialmente em Curitiba/PR, e o comando “administrativo” da Ordem foi transferido para eles, sem ter havido qualquer troca de iniciações entre eles. Assim ao falecer Dario Vellozo levou consigo a sua linhagem, dando término a mesma.

Assim podemos afirmar baseado nessa vasta documentação histórica, assim como também por outro lado, pela falta de comprovação documental que mostre o contrário, que atualmente poderá existir apenas uma afiliação de desejo, uma ligação espiritual ou até mesmo apenas como homenagem histórica a esse lumiar que nos precedeu, martinista, maçom e professor conhecido como Dario Vellozo. Não há linhagem martinista vigente vinda dele.


Hoje seu legado espiritual é o Instituto Neo Pitagórico - I.N.P., fundado em 1909 baseado na filosofia grega-pitagórica basicamente. Lá não há iniciações, rituais, linhagens, transmissões nem algo do gênero. Não há reuniões de lojas de qualquer ordem em suas dependências mesmo que secretamente. Também não representam oficialmente nem extraoficialmente, nem mantém laços de amizades, nem reconhecimento, muito menos tratados diversos com qualquer ordem martinista, maçônica, rosacruz, seja nacional ou internacional. 


Sobre a Loja Luz Invizível.

Atualmente a “Loja Martinista Luz Invizível” encontra-se ativa trabalhando de forma livre e independente sob o manto do silêncio, não está vinculada a qualquer Ordem Martinista da atualidade.  A loja não detém qualquer linhagem ininterrupta vinda de Dario Vellozo nem dos Mascheville, tem antes uma afiliação por desejo em perpetuar o pioneirismo histórico martinista de Apolonio de Tyana. Seus membros não utilizam material de qualquer ordem martinista, praticam o primeiro, simples e profundo ritual martinista de 1886. 

A Loja também não tem vínculos de reconhecimento nem tratados estabelecidos com ordens outros grupos martinistas ou maçônicos.


Grupos e Ordens Martinistas "sérias".

Não aprofundaremos novamente o tema já abordado sobre as formas e estruturas do Martinismo, seja de forma livre e independente ou estruturado hierarquicamente em Ordens.

Os melhores grupos são aqueles que longe de propagandas e de suntuosos websites, são grupos unidos por afinidades pessoais e Iniciáticas entre seus membros que com o mesmo ideal vivem harmonia entre si, e esses com martinismo em geral, são portanto, grupos homogêneos. Já as ditas ordens tendem a ter uma diversidade maior entre membros, não muito afins entre si e graus de sintonia diversos tornando-os mais heterogêneos.


Correríamos no engano em sugerir alguma ordem, não além de apontar aquelas já comentadas nesse website.

Referências:

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ATUALIZAÇÃO:  O BLOG ROSACRUZES como esclarecimento e complemento ao texto acima, indica as seguintes ordens abaixo:
  • OM&S - Ordem Martinista & Sinárquica - Ordem com linhagem ininterrupta, trabalha de forma séria e organizada território nacional.
  • TOM - Tradicional Ordem Martinista - Depois da OM&S é a mais antiga em funcionamento até a atualidade; bem estruturada e com material de estudo próprio.
  • OM - Ordem Martinista "de Papus" - Já esteve presente no Brasil no passado, atualmente funciona em sigilo no Brasil como um círculo.
  • OMCC - Ordem Martinista dos Cavaleiros de Cristo (linhagens LaCava e Remi Boyer) - A OMCC não tem representante geral para todo o Brasil, possui apenas 3 lojas que se remretem diretamente ao Grão Mestre na França (Remi Boyer). A Linhagem LaCava esteve presente desde década de 80 mas com a saída dele do movimento martinista, deixou de existir, deixando grupos esparsos pelo Brasil.
  • GOCPL - Grande Ordem dos Cavaleiros de Philippe de Lyon - Grupo que descente do mestre Thot da Egrégora Expectante da linhagem de Cedaior e Sevananda, hoje comandada belamente pela sua Matriarca a qual mantem o grupo unico e coeso, de forma simples, profunda e direta. Lembramos que Thot jamais passou o comando de sua linhagem martinista a quem quer que seja, nem deixou por escrito para que acontecesse após sua morte; seu labor martinista está unicamente dentro da GOCPL mais nada além.




quarta-feira, 11 de maio de 2016

O Sanctum Celestial - A HARMONIA DO CÓSMICO



 O Sanctum Celestial
A HARMONIA DO CÓSMICO
por Robert E. Daniels, F.R.C.

Não há nada tão belo e digno da mais nobre emulação do que a expressão normal da natureza espíritual de nosso Ser. À Medida que nos tornamos mais espiritualmente propensos, deixamos de lado todas as coisas sórdidas da vida. Sentimo-nos interiormente mais beloqs e mais puros. Muitos homens sentem-se realmente receosos de expressar o lado espiritual de sua natureza, temendo que isso diminuirá a sua varonilidade e a índole voluntariosa da mente. Não devemos concordar com isso porque a maioria dos grandes místicos do mundo tem provado e demonstrado que o místico ideal pode possuir características espirituais altamente desenvolvidas, juntamente com a vontade poderosa e mente organizada.

Os grandes místicos irradiavam amor impessoal e compaixão profunda. Seu principal interesse era auxiliar os seus semelhantes por meio de todos os poderes que possuíam. Sua ascendência espiritual não provinha da teoria do misticismo, mas de uma comunhão íntima com o Cósmico, e do fato de viverem verdadeiramente a vida mística. Se quisermos atingir esses mesmos ideias, teremos de por em prática princípios como os que são ensinados pela filosofia Rosacruz, tornando-nos familiarizados com um sistema ordenado para iluminação interior.

Uma das nossas maiores ajudas nessa questão é o entregarmo-nos a um período diário de meditação como propósito de estabelecer uma condição de harmonização cósmica. A maioria de nossos problemas e obstáculos decorre de não estarmos harmonizados com o Cósmico. Com o restabelecimento dessa harmonia, por meio de um período diário de meditação, poderemos eliminar de nossa mente e de nossa consciência, (previnir) todas as doenças, problemas e perplexidades, adquirindo a paz interior e a harmonia que desejamos.
Atitude Positiva

O ideal do místico é conseguir harmonização com a Divindade, quase sempre designada como Consciência Cósmica. Muito tem sido escrito sobre o assunto, porém para a maior parte das pessoas o ideal ainda está em futuro muito remoto. Uma das possibilidades para sucesso nessa realização está na atitude mental básica que antemos dia após dia.

Uma atitude negativa e pessimista, focalizada sobre as coisas infelizes e desagradáveis da vida, não elevará a nossa consciência ou estimulará o nosso desenvolvimento espiritual, a respeito de quantos livros sobre misticismo possamos ler.

Com sentimentos de alegria e confiança, contudo, e manutenção de uma atitude construtiva diante da vida, criando mentalmente e visualizando, ao mesmo tempo, os nossos ideias, sem deixarmos de trabalhar para a sua realização, poderemos recorrer à corrente básica de poder cósmico que flui através de nosso Ser. Nossos desejos, todavia, deverão se tornar mais intensos, mantidos por fervor e entusiasmo reais. Esse é o eio para as maiores possibilidades e, por sua prática, desenvolvermos poder e ascendência espiritual para atingir o reino da Consciência Cósmica.

As condições instáveis do mundo atual, a incerteza, a intranquilidade e a discórdia revelam a influência incitadora do Cósmico para as mudanças. As pessoas buscam harmonia, paz e segurança, porém as condições inseguras e as indagações sérias de muitas ourtas estão abalando as bases da sociedade.

Há um anseio de liberdade e alívio da autoridade. Deve se tornar óbvio para nós, como estudantes de misticismo, que estamos passando por uma importante fase do ciclo cósmico de mudanças. Deveremos tentar compreender a razão de instabilidade e das condições inseguras, e cooperar com os seus sábios decretos.

O Cósmico jamais se satisfaz com o status quo. Muitos valores do passado estão sendo abandonados; as gerações mais jovens, em particular, desejam maior liberdade de expressão e ação. Os valores políticos estão sendo seriamente contestados. Valores novos estãos endo buscados nas artes e nas ciências.

Essas ocorrências não são novas; a história apenas está se repetindo. Para o Cósmico, os ciclos têm sempre provocado mudanças, porém nunca tão violentas quanto as que hoje se processam, talvez principalmente porque as ocorrências reagem rapidamente, em todo o mundo, como jamais o fizeram. Qual, todavia, a lição que devemos aprender de nossa conturbada era?

O mundo necessita de uma solução que o misticismo pode oferecer, a qual requer que cada indivíduo estabeleça um novo conjunto de valores em seu interior. O homem tem necessidade de maior compreensão de sua relação para com o universo e o seu semelhante. Deve desenvolver sua consciência para estabelecer harmonia com o Cósmico. O homem tem de admitir que deve penetrar no significado mais profundo da existência. Não mais podemos continuar a viver na periferia, tentando evitar nossas responsabilidades herdadas. Melhor dizendo, devemos chegar a aceitar a necessidade de nossa participação plena na vida. As forças cósmicas estão impulsionando e orientando os nossos passos para a senda que nós mesmos preferimos trilhar.

Há muito que nós mesmos poderemos fazer para auxiliar, para colaborar com as forças cósmicas com o objetivo de possibilitar maior progresso na vida de outras pessoas. Enrtegando-nos totalmemte a vida mística e prestando todo auxílio que pudermos, teremos certeza da cooperação do Cósmico e de um sem número de humanitaristas que julgam seu dever tudo fazerem para colaborar no progresso da humanidade. .·.

Revista “O Rosacruz” - Abril de 1978 (páginas 90 e 91)
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